domingo, 7 de fevereiro de 2021

Sentir você aqui

Eu fecho os olhos

E me imagino

Naquele lugar

Junto a você

Com a sua voz

A pronunciar

As palavras

Eu a escutar

Suas ideias

Pensamentos

Fragmentos

De um ser

Tão bacana.

Sinto você

Das maneiras

Mais diversas

E prazerosas.

Abro os olhos

E posso perceber

A sua presença

Mesmo com você

Fisicamente

Em outro lugar.

A chama do fogo

Inerente a você

Vive em mim.

Ficará além

Da existência

Do meu ser.

Escrever

Escrever é relatar
Tentar comunicar
O que se sente
O que se vive
Traçar caminhos
Entre a emoção
E a tal lógica
Uma mágica
Difícil de fazer
Escrever faz crescer
Nosso vocabulário
De um ser planetário
Tentando vencer
Escrever é transparecer
Sua energia vital
Um ato cabal
Para sobreviver
Em um mundo do ser
Bastante egoísta
De mente vazia
Mas muito curiosa.

Cada agressão machuca muito

Cada agressão feita diariamente

Destrói uma parte do meu ser

Podendo ela ser direta ou indireta

Fragmenta-me em tantos pedaços

Que eu nem sei se consigo juntar

Tornando-me um outro alguém

Tão diferente do que eu já fui

Abre uma ferida ardente

Queimando como fogo

Em minha própria pele

Cada agressão machuca muito

Das mais simples às mais complexas

Deixando que sua cicatriz

Sirva também como sinal

De que isso irá mudar.

Cinema sem câmeras

 A nossa vida é um grande filme

Sem diretor ou roteirista

Com risadas tão naturais

Quanto a vida de um artista

Gravadas por nossos olhos

De uma forma singular

Mesmo às vezes um tanto falhos

Mas surpreendentes ao notar

Que também são melodramas

Com vidas bem sofridas

De um tal modo rudimentar

São também belas aventuras

Desvendando longínquos rincões

Conhecendo neve na Argentina

Chegando à terra dos barões

Também chegam ao horror

Tristes desgraças pairaram

A morte de um grande doutor

Por muito tempo debilitado.

Tempo

Há tempos de adoração

E também de devoção

Para a nossa humanidade

O culto da divindade

Ou de tantas pessoas

São coisas bem boas

Para a nossa alma

Mas também nos vicia

Nos cega todo o dia

Em nossas decisões

Faz com que as ações

Sejam bem guiadas

Para o que não queremos

Apenas nós vivemos

Como gado cercado

Sendo bem tratado

Depois sendo abatido

Com o ego destruído

Sem crer em alguém

Daí é que ninguém

Quer ser venerado.

Olhos tristes

Olho as pessoas na rua

Com vários corpos no chão

Pensando então atordoadas

Sobre essa situação

Vejo uma senhora tossindo

Cobrindo com a sua mão

Pergunto se precisa de ajuda

Ela logo me diz que não

Vejo uma criança sozinha

Seus olhos tristes me calam

Então outros lhe perguntaram

Onde estava a sua família

A criança não entendia

Desatando ao pranto

Disse que seu desencanto

Foi a chegada da morte

Com um tantinho de sorte

Não veio a lhe levar

Foi tanto o sofrimento

Que naquele momento

Nós fizemos silêncio

Pelos seus familiares

E também pelos nossos

Que já haviam partido

Mas que haviam nutrido

De um modo singular

As nossas vidas.


Eu não acredito

Eu não acredito no que você fez
Eu dormi no ponto perdi a vez
Não sei o que faço nessa situação
Se estás comigo, juntos ou não?
Eu já não sei mais o que fazer
Fiz de tudo pra não te perder
Acho que foi tudo em vão
E isso machuca meu coração
Volta pra mim, vem me amar
Tudo que quero é contigo estar
Vem meu amor,ter meu calor
Basta um pouquinho, vem por favor.

Mãe

Você é a mulher da casa
A primeira em minha vida
Mas eu já estou crescido
Com esse cordão não consigo
Viver plenamente o que desejo
Deixe-me ir, me dê um beijo
Pois este passarinho quer voar
Já não sou novinho pra você se preocupar
Deixe eu ser independente que assim
Eu posso finalmente levantar voo
Seguir meu rumo, meus sonhos
Tudo aquilo que eu sempre quis
E certamente o que eu não fiz
Por medo de te decepcionar
Mas não preciso me provar de maneira alguma
Pois sei o que quero e nada me impedirá.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Gelo

Congelo ao te olhar
Percebendo o medo
Desfoco meu mirar
Sabendo que tudo
Pode não passar
De uma invenção
Do meu coração
Ao te notar.

Sonhar

Sonhar é captar
A energia do ser
Concentrar lugar
Fazer aparecer
Todo o seu dia
Sem esquecer
Que a alegria
De se sonhar
Dá se o lugar
Para planejar
E seu sonho
Concretizar.

A morte do diabo

O diabo caba safado
Achou a humanidade
Então viveu na cidade
Mas vivia bem calado
Ate descobrir a bebida
Então a obra do diabo
Começou logo a beber
Mas se sentia brabo
Começou logo a fumar
Pois era de se fazer
Mas o que o diabo
Nunca ousou saber
Naquele momento
Tal acontecimento
Havia então ocorrido
O diabo virou mortal
E bastava um punhal
Para a vida se esvair
Então no domingo
Para poder distrair
Estava logo o diabo
Rindo, a beber, fumar
Conhecido na cidade
Ate que a rivalidade
Levou ao triste fim
O Deus enciumado
Trouxe ao seu lado
Jovem cangaceiro
Deus o trapaceiro
Pediu sua morte
Rio Grande do Norte
Foi onde o encontrou
O diabo riu e vomitou
Enquanto aplaudiam
Cuspiu no cangaceiro
Mas na imortalidade
Essa tal realidade
Acabou por mudar
Um punhal no peito
Fez o diabo chorar
Pediu por perdão
Por desacreditar
No belo humano
Que viu no ano
O diabo morreu
O céu escureceu
Mesmo malvado
O diabo era o tal
E houve enterro
Aqui eu encerro
O conto infernal
Diabo era imortal
Feliz no seu final.



Não sei

Agora não sei o que escrever
Por que diabos devo ter
Esta caneta na minha mão?
Uma chuva de emoções
Sentimentos e sensações
Rugem na minha mente
Mas eu pacientemente
Tento me manter são
Diante de tanta informação
Às vezes eu me pergunto
O que eu devo fazer ?
Tenho um plano traçado
Mas não estou conformado
Com o que devo me ater
Mas como tudo na vida
Tenho medo que uma ferida
Possa me desvanecer
Não podendo crescer
Parando de ser aquilo
Que querem que eu seja
Mas ser quem eu realmente sou
Colocar para fora
Sem muita demora
Toda a minha vontade

sábado, 2 de março de 2019

Eu mesmo

Eu quero fazer o que der na telha
Sem ter alguma pessoa pentelha
Olhando torto para nós
Eu quero ser fogo na sua lareira
Ser feliz na minha carreira
Isso tudo que eu sempre quis
Mas pena que meu país
Ou minha própria pessoa
Não seguem numa boa
Agora só vivo infeliz
Pois mesmo estando no tédio
Como muitas outras pessoas
Que não conseguem ser o que querem.

Pipoco

Minha vida estava mal
Não me sentia normal
Eu estava tão arrasado
Minha mente travou
Não sabia onde parou
Mas como um pipoco
Do nada você apareceu
Meio que me entendeu
E te entendi um pouco
Estava meio louco
Caso tenha percebido
Estou muito agradecido
Por esse ano contigo
Você é sensacional
E com um pipoco desses
Não há outro igual.

Escolhas

Olá! Não te encolhas
Ao fazer as escolhas
Que você precisar
Somos feito bolhas
De sabão ao ar
Precisamos nos moldar
Ao que a vida nos dá
Por isso, não te encolhas
Siga as suas escolhas
Com a mesma paixão
De uma noite de emoção
Não largue a mão
Com o que você escolher
Pois é assim que tu vai viver.

Eu não sei rimar

É isso mesmo, você não está enganado
Parece besteira, mas na verdade não é
Eu escrevo, escrevo, escrevo com a fé
De que um dias minhas rimas tenham dado
Certo ao menos uma vez na vida
E que se não der, não se torne ferida
Que ao longo dos anos eu lamente em pé
Mas se eu não rimar, há outro jeito de lidar
Amar, o mar, andar, tudo o que dá
Falar, cantar, estudar e só viver
Porque a vida é uma poesia sem rima
Em que a gente precisa ir pra cima
E construir nosso ritmo de ser
Não apenas estando ali à mercê
Do que a vida quiser te ceder.

Mudado

Mudo eu era, mesmo sem deficiência
Fruto de uma enorme e triste carência
De que o que eu fazia ou como me sentia
Não pudesse ou trouxesse animação.
Alegria, compaixão e emoção
Para nosso relacionamento neste momento
Mudo eu era, não por necessidade
Mas por achar que nessa idade
Seria maduro o suficiente a escutar
E de um modo pudesse externar
Minhas opiniões e as decisões
Sem me meter em várias confusões
Ao tentar te fazer feliz e alegre
Fazendo chorar ao invés de sorrir
Mudo eu era, por inexperiência
De tal modo que nem a ciência
Soube mesmo me diagnosticar.

Não morra

Não morra pelo outro
Não morra em vão
Não morra, só pense
Antes de qualquer ação
Não viva pra agradecer
Mas viva o que merecer
E se isso não te bastar
Tente então reconsiderar
O modo de você lidar
Com o que está em você

Escrevo

Escrevo por ser meu jeito de expressar
Tão bom e bem formado quanto falar
Escrevo pela minha vasta necessidade
De poder aos poucos com vivacidade
Traduzir aquilo que está na mente
De um modo um tanto pertinente
A minha timidez e minha vaidade
Escrevo pois meu ego não é inflado
Mas por muitas vezes destroçado
Devido ao que minha própria mente
Plantou na minha cabeça a semente
Junto com outros ao meu redor
A semente da dúvida, a pior
Mas agora a hora de escrever
Dará lugar a fala e a construção
De um homem capaz da afirmação
- Hoje eu me sinto imponente
 E crente do meu próprio poder.

Calado

A animosidade de viver
Está ligada ao meu crescer
É saber como as coisas vão
Como é que elas realmente estão
Sem que eu fique perdido
Acuado em meu ser iludido
Achando que o que me foi submetido
Só se resolve de uma maneira
Pensando que era só besteira
E eu não deveria me preocupar
Que eu deveria me esquecer
E de tal modo não me importar
Mas agora estou acordado
Apesar de eu estar calado
Ainda posso te escutar
Se prepare quando eu falar
Pois os mais silenciosos
São aqueles de matar

Ônibus

Coletivo do dia-a-dia
Onde diabos estaria
A uma hora dessas?
Seus pedestres anseiam
Por vezes até esperneiam
Pela sua breve chegada
Com toda a alegria
De quem o dirigia
Ao apelo do cobrador
Em pedir ao senhor
Dizendo não ter trocado
Não teria imaginado
O velho então cansado
A raiva que ia passar

Erro fatal

Hoje é um dia normal
Que deixei para o final
E acabei me dando mal
Meus punhos se fecham
Batem bem no chão
Não dizem a emoção
E o sentimento que tive
Foi tudo ao contrário
Do que eu esperei
Foi uma tristeza
Um erro fatal
Levou nosso encontro
A ser o final.

Amigos

Amigos vem e vão
Como uma solução
Para a nossa solidão
São nossos ouvintes
Jurados, sabintes
Dos problemas da vida
Alguém vai falar
Que consegue ficar
Sozinho a tocar
O barco da vida
Mas assim é sofrida
E qualquer ajuda
É muito bem vinda.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Obrigado

Para todos que me apreciam
Agradeço de coração
Para todos que me odeiam
Continuem onde estão
Pois seu ódio por mim não é nada
É simplesmente triste essa jogada
Para tentar me enfraquecer
Pra quem não me conhece
Ou queria me conhecer
Não tenha medo de mim
Só saiba que você me vê
E esse daí sou eu
Não gostou? Problema seu
Pois tem quem goste de mim
E que está bem a fim
De ficar bem comigo.

Merda

Um gole de cerveja e um maço de cigarros,era tudo que Larry precisava naquele momento. Gostava de beber uísque e vodka mas estes eram privilégios que ele só tinha no final do ano quando juntava alguns trocados do seu emprego. Era pobre demais para ter essas regalias a todo o tempo, inclusive tendo que sacrificar a bebida em troca de anéis de fumaça que o enchia de prazer e aliviavam todo o cansaço no final do dia mas, no dia de hoje, merecia não só uma cerveja, uma rodada paga pelos amigos, pois conquistou um dos clientes considerados inacessíveis pelo escritório de advocacia no qual trabalha. Piscou os olhos, na primeira piscada estava no bar, na segunda estava no banheiro, na terceira ouviu gritos de dor e na quarta já estava em casa, sem saber muito bem o que acontecera na noite anterior. A notícia que correu pelo escritório veio rapidamente e Larry cada vez mais temeroso do que poderia ter feito: sua chefe foi estuprada na noite anterior e tentou cometer suicídio. Um dos principais suspeitos do crime era Larry que não maneirava na putaria com aquela mulher. As cenas se repetiam diariamente e por meses Sara se sentia cada vez pior por achar que seria só aquilo, uma puta, uma mulher para foder e não ser mostrada, corroendo cada vez mais os seus pensamentos. Cada um no escritório falava o quanto era safada, quantos boquetes pagou para ser a principal força do  escritório, quantas vezes ela não era qualificada para aquele cargo (grande parte dessas pessoas que falavam isso eram mulheres que tinham inveja de seu corpo e de sua inteligência) e sentia como era presente o nojo por parte dos funcionários e a felicidade de outros.

A língua

A língua em que tu fala
É a mesma que abala
Toda a minha estrutura
De um modo perdura
Me fazendo te entender
Fazendo que essa língua
Seja a mesma que a minha
E de certo jeito caminha
Para um belo amanhecer.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

A história de um caolho

Eram quatro da manhã e eu já estava me preparando para não sair da cama, mas o despertador tocou e, antes que isso me fizesse matar alguém naquele dia, resolvi levantar e jogar o despertador pela janela: - Foda-se essa merda - era o que eu dizia depois de jogar fora o terceiro despertador do mês e me arrepender amargamente. Dei uns tapas no rosto para tentar acordar, vi que minha cara estava mais maltratada que uma velha no asilo e resolvi então tentar sorrir, saiu meio amarelado mas já servia pro gasto. Comecei a tirar a pouca barba que eu tinha, mas eu sempre me cortava no início ou no final desse processo, o que me deixava puto até umas horas. Tomei um banho, passei um desodorante, coloquei meu uniforme do trabalho, um relógio que comprei no mercado por 1,99 e desci pra pegar o que sobrou da minha "máquina de raiva", como eu carinhosamente chamava o meu despertador. Percebi então que meu despertador tinha caído na cabeça de uma pessoa que passava pela calçada, o pedestre caiu no chão e estava desmaiado, aparentemente com um afundamento de crânio. Percebi que a inquilina, dona do prédio que eu moro, estava sendo entrevistada e foi a primeira pessoa a prestar socorro enquanto os outros viam aquela cena e só se preocupavam tirar fotos e gravar vídeos para seus perfis do Instagram, Facebook, Twitter. O título "O tempo voa" foi o mais acessado naquela manhã nos jornais, revistas, rádios e na própria internet, e eu apenas via tudo aquilo como um bando de animais estúpidos que só se preocupavam com eles mesmos mas, mesmo assim, entrei no meu Corsa 2002 e fui em direção ao meu trabalho na Ediotra Polanski. No caminho, resolvi escutar algo na rádio mas a notícia do relógio despertador não saida da boca do povo, em outra rádio os apresentadores agradeciam o governo pelo empenho em melhorar o estado e a meter pau no prefeito da cidade

 - Mas que merdinhas escrotos! Babam nas bolas do governador só porque têm rabo preso com ele e ainda recebem dinheiro dele como putinhas... Mas quando é pra falar do prefeito vocês tiram as pregas dos seus cus para criarem culhões de falar merdas dele... aí depois são presos, morrem e não sabem o porquê - o relógio do rádio marcava seis horas
 - Mas que porra! Como eu demorei duas horas pra sair? -

Foi aí que eu percebi que algo estava errado, coloquei as mãos no meu rosto e percebi que algo faltas, sim, faltava o meu olho direito, retomei a memória para as primeiras horas da manhã e me dei conta de não perceber várias coisas do meu quarto, não acreditei e olhei no espelho e percebi, estava caolho, onde antes havia um olho castanho claro só sobrou um buraco, comecei a ficar desesperado, parei o carro e pensei logo em ir ao médico. Comecei a olhar no celular o hospital mais próximo e avisei pra minha família. Ao chegar no hospital, vi que meu caso não era tão grave quanto os outros que estavam por lá, tinha uma criança com um dardo na cabeça, um caçador com a perna quase se soltando do resto do corpo, por causa de um ataque de urso, um traficante que estava algemado à sua maca que tomou três tiros mas continuava vivo e acordado e falando em delírio

- Mãe, eu prometo que vou te tirar dessa vida!

Então começava a chorar e gritar. A enfermeira chamou meu nome que poucas vezes eu já havia sido chamado, Rafael, e então eu cheguei ao consultório médico e ele me analisou da cabeça aos pés com um olhar pensativo e de dúvida:

- Infelizmente, Rafael, o seu olho diminuiu rapidamente a ponto de sumir e, meu jovem, essa não é a única coisa que pode desaparecer em seu corpo, mas suas pernas, braços e vários outros órgãos vão sumir.- disse o médico
- Mas não há nada que eu possa fazer para que isso pare? - perguntei
- Olha, você até pode procurar outros médicos, mas a sua situação dentro de duas semanas fará com que todos os seus órgãos diminuam e, eventualmente, você vai morrer. Desculpe eu não poder fazer nada, mas isso é o melhor que eu posso fazer.- respondeu com imenso pesar.

Resolvi então tentar procurar outros médicos mas a minha voz, no mesmo dia, já estava diminuindo e eventualmente iria sumir. Assustado com minha situação, fui até a minha família e com a pouca voz que me restara, disse o que antes não consegui dizer: disse o quanto amava meus pais, meus irmãos, meus amigos, meus filhos do meu primeiro casamento e até a minha ex-mulher que tanto me apoiou em momento importantes da minha vida, disse a importância de todos em cada momento que participou da minha existência e então minha voz sumiu. Logo, minha mão esquerda foi o próximo membro a se reduzir e aos poucos sumir no final da noite. Fiquei em meu antigo quarto na casa dos meus pais e fui alimentado por minha mãe. Passados sete dias, já tinha perdido os braços, a voz, a perna esquerda, pés, mãos, língua, e só vivia de alimentos líquidos, aprendi a escrever com o único pé que me restava e estou aqui, entristecido, por já ser meu último dia de vida, já não consigo mais enxergar, nem tocar e por isso eu te dou o adeus antes da minha presença se despedaçar, obrigado por ler a minha história.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Voz da Cidade

O dia começa
A cidade se apressa
Não há outro som
Que me interessa
Senão a voz da cidade
Não tô mentindo, é verdade
A cidade fala sem palavras
Seus sons formam a voz
As derrapadas sua língua
As buzinas bem ferozes
Traduzem o que a cidade fala
Por vezes até se cala
Mas basta um segundo
Para que todo mundo
Ouça a cidade mais uma vez
Com toda a nitidez
Por fim descansando
Quando a noite está chegando.

Vento

Eu estou prevendo
O seu movimento
Sentindo batendo
Seu rosto no meu
Sua energia
Me contagia
Traz o mundo
Que eu quero viver
Estás no meu ser
Construindo a morada
De forma calada
No meu coração
Nesse momento
O vento nos une
Tal qual um sopro
Da imaginação

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Barntuc

A chuva não chega sem ao menos demostrar sua face, mas um trovão me fez acordar naquela noite. Era 30 de Janeiro na cidade de Miles, mas ainda parecia que era o primeiro dia do ano. O arauto declamava pelas ruas o novo calendário do rei Henrique, tratando de um novo sistema de datação diferente do calendário tradicional adotado em outros países. Tratava-se de um sistema em que cada mês do ano era representado por doze membros da família Tudor, uma medida exacerbada para comprovar o poder do rei. Talvez o rei tenha ficado louco e não poderia ser detido a menos que a figura de Barntuc surgisse para demonstrar a força do povo .

Soneca

Hora de dormir
Quero descansar
Juntar forças para
Quando eu acordar
Dar aquele abraço
Da mais profunda
Das minhas emoções
Trazendo para mim
Seu ser, sua essência
O que enche minha alma
Para quando a soneca vier
Eu descanse com meu amor
Com teu calor a me esquentar
Sua voz pra me guardar
Nesse coração que ao te ver
Não sabe nem se comportar.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Rotina

Ding dong, ding dong.
Tá na hora de sair
Ir desse ping pong
Para a casa dormir
Ainda bem que vou
Não posso admitir
Essa minha vida reta
Certa,boa e completa
Sem ter como dirigir
Às vezes até indigesta
Deixa até o bom poeta
Tão triste que se calou
Pensando no que levou
A esse seu triste fim.

sábado, 17 de outubro de 2015

Queria ser cantor- Parte 1

De manhã acordei
Pensei em ligar a tv.
Mas logo me cansei
Então liguei o pc
Um video bombou
Fui logo assistir
Uma tal de BLX
Uma banda legal
Parecia rock,animal
Porém não soava bem.
Percebi que era o cantor
Sentia estar com dor
Então do palco caiu.
A plateia que gritava
Era a que se calava
Um médico foi chamado
O show interrompido
Era o fim da banda boa
Que eu havia conhecido?
No fim veio um anúncio
Pensei até ser brincadeira
O cantor de agora teria
Que terminar sua carreira
Ou seria o seu fim.
Na outra semana
Logo após o colégio
Veio um bom anúncio
Talvez um privilégio
Para outra pessoa voar
Nas asas de uma banda
Que queria deslanchar.
Era um concurso
E o melhor que cantar
É o que iria continuar.


sábado, 19 de setembro de 2015

Sono

O sono devasta minha consciência
Traz pensamentos fumegantes
Tristes, alegres, grande abrangência
Falsos ou verdadeiros casos
De personalidade sem onisciência
Fraca e presa aos erros
De humanidade em decadência
Rica, louca e animada
Por vezes até desamparada
De outros seres pensantes.
Às vezes segue como uma droga
Deprimindo e pressionando
Talvez até tornando o homem
Um autômato de comando
Bastando uma simples ordem
Para que tudo se acabasse.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Chuva

Chega cedo e sem pensar
Parece não querer parar
Lava a calçada alheia
A mãe grita e esperneia
Pro guri não se molhar
Traz água para lavadeira
Rega todo dia plantas
Sem fazer brincadeira
Tira a seca ou inunda
Excede ou fica escassa
Mas sem ela o que seria
Da pobre de nossa casa?

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Dia Ruim

João acordou com raiva, com o choro de seu filho, Joana estava tão exausta que nem acordou com o choro de seu filho. Era um dia que não começava muito bem pra ele , o filho estava com medo do escuro e começou a ter pesadelos de uns anos pra cá e no meio desses pesadelos ele derrubava tudo que estivesse perto da cama. Além disso quando chegava no trabalho, o chefe desgraçado começava a implicar graças ao tempo que João passa fora no horário do almoço fumando e acabava descontando, colocando mais trabalho e enchendo de sermão que ele não suportava. Voltando pra casa um trânsito infernal aguardava ele, um carro cortava sem ligar a seta, o motorista xingava e aquelas buzinas que deixavam a música do carro inaudível, tentou procurar alguma música decente na rádio mas só passava funk ou pagode, estilos que ele detestava. No meio do caminho lembrou que tinha que pagar umas contas que tinha colocado numa pasta, mas havia esquecido no trabalho... mais trânsito, mais xingamentos, dessa vez ele passou perto de um acidente com um motoqueiro: - Tem que morrer mesmo esses filhos da puta, não respeitam os carros- enquanto isso o motoqueiro na maca estava pensando: - Vai se arrombar seu motorista cego do caralho, não respeita os motoqueiros que dão duro pra ganhar um dinheiro justo nessa cidade de merda- já o motorista do ônibus refletia: Caramba, esse trânsito lento pra caramba e eu querendo dar uma cagada... vão se lascar bando de desocupado desgramento, não sabem dirigir então volta pra auto escola bando de lazarento, to piscando aqui pra não me cagar-. 

Dentro do ônibus dentre os passageiros havia o encoxador que pensava: - Caralho, quanta nega gostosa! É hoje que eu passo o pincel em tudo- o policial à paisana viu o tarado encochador tentar começar seu trabalho, quando umas das mulheres deu um chute nele e então caiu no chão e rolou cheio de dor enquanto gerava uma confusão no ônibus. Um malaca próximo de toda aquela confusão pensou:- Ta na hora de levar o dinheiro desses tapados- então o policial viu o ladrão tentar roubar os passageiros e começou a troca de tiros e nisso João já com raiva, com medo, atrasado pra chegar pagar as contas e depois assistir aquele jogo do Botafogo. Ele se escondeu dentro do carro o tempo todo até que todo o barulho de trânsito voltou ao normal e finalmente o fluxo começou a seguir, então João percebeu na fila do caixa eletrônico que seu bolso estava furado e exatamente nesse bolso estava a carteira que ele havia colocado o cartão do banco quando estava em casa. Na entrada de casa pisou de mau jeito depois de tentar desviar de um buraco e torceu o pé, no escuro não conseguia achar o interruptor e bateu a perna na cadeira deixando a sua mulher alerta mas logo João prontamente disse- Sou eu, amor. O bolso da calça tava rasgado e a carteira caiu por aqui- a mulher fez um barulho que parecia significar que tinha entendido e voltou a dormir. João então conseguiu pagar as contas no prazo e ao voltar pra casa passa por um buraco e estoura um dos pneus, como estava em alta velocidade o carro quase capota, ficando levemente inclinado e com o sopro do vento vira, a sorte é que ele já estava próximo de casa e resolve portanto limpar os ferimentos e descansar para que o outro dia seja melhor que esse.

quarta-feira, 25 de março de 2015

O livro do anonimato

Prefácio

As luzes se apagam e a real natureza do homem surge, a hipnose cotidiana é desligada e o mundo real é tão diferente para o homem que os seus instintos prevalecem, a cidade dorme. Ao primeiro raio de luz gerado pela aurora, o homem fica atordoado, inerte, porém acordado. Levanta da sua cama e procura o seu diário, pensa, divaga, lembra daquela música do dia anterior, volta a procurar o seu caderno de anotações diárias e acaba lembrando-se das mulheres lindas que viu na festa. Anda, tropeça e acaba machucando sua perna na cômoda, com raiva, o homem chamado Erico, irado, chutou com toda a sua força aquilo que considerava inútil, pois não havia roupas suficientes para colocar no móvel. Tratava-se de um presente entregue aos seus pais pelos quinze anos de casamento, feito de mogno, uma madeira bastante resistente e pesada, era encerado todos os dias, o que demonstrava o orgulho de uma família unida, mas hoje é apenas uma lembrança para José. Ao chutar a cômoda, ela caiu e quebrou uma parte do piso, revelando até então algo que não parecia muito convidativo, era frio, uma coisa que não sabia que existia em seu quarto, o Livro do Anonimato. 

Na vila de José havia a história de um livro até então que possuía informações importantes sobre o maior tesouro já conhecido, o amuleto de Dócades que concedia a quem o encontrasse o poder de destruir qualquer tipo de obstáculo, tornando até então possível conquistar o mundo. Não se sabe até então quem publicou o livro que havia se perdido durante várias gerações... até agora.

Era estranho e trabalhosamente pesado, poderia ser algum resquício do antigo morador da casa? Ou era um livro que explicava melhor a história da sua família? Tentou abrir o livro insistentemente mas de algum modo o livro estava selado e não havia qualquer modo para abri-lo percebi que havia bilhete junto ao livro “ Não abra em hipótese alguma! O caos reina enquanto tolos tentam me decifrar. Apenas os tolos prosseguem".
 
No mesmo dia, Pedro era então um rei muito famoso, famoso pela loucura, pois autoproclamava-se rei da província, mas era então rejeitado pelas pessoas pois já havia um rei poderoso e bondoso. Irado e sem poder para derrubá-lo, procurou várias formas para conquistar poder: tentou criar exércitos, golpes de estado, mas nada funcionava. Então, pesquisou em bibliotecas, procurando arquivos antigos que pudessem esclarecer as suas ideias, até que então encontra um fragmento de texto sobre um livro sagrado que continha grandes segredos e poderia ser possível chegar a uma fonte de poder  inesgotável.

1. Quem reinará neste lugar ?

A noite estava calma, aconchegante, fria e parecia continuar assim até o nascer do sol. Frederico já estava de pé, desistiu do seu cobertor e já estava na cozinha, preocupado com os impostos que devia ao rei e havia recebido então um ultimato, pagaria os impostos devidos e seguiria sua vida sendo explorado ou seria preso, tornando-se escravo do rei para pagar o que devia. Não sabendo então o que fazer, foi então até a casa de Carlos no meio da noite. Ele era então conhecido por emprestar uma grande quantidade de dinheiro em troca de algumas ações em favor do bando ao qual participava chamado Bandoleiros Destemidos. Conhecidos por vários outros bandos do reino de Algora, seu discurso sempre se baseava em "Roubo, tirania e agonia "  parodiando então o lema da bandeira de Algora que dizia em um puro dretão "Jutzic, igrantic yz modromunc" que significava "Justiça, igualdade e mordomia", com isso então, o dinheiro que se ganhava nos roubos ao castelo do rei iam diretamente para um esconderijo e então divididos para todos os plebeus. Voltando ao caso de Frederico, ele discretamente passou pela rua de um dos distritos de Algora e utilizou o código dos Bandoleiros, Carlos abriu um pouco a porta e estava acompanhado de uma bela loira de olhos azuis, corpo estonteante, além de uma voz que parecia ter vindo diretamente do céu. Fechou então a porta e pediu para esperar um momento, saiu da casa e disse que estava atrasado para uma reunião em um local subterrâneo da cidade de Bentuc uma das quatro cidades localizada no Distrito Norte de Algora. O distrito do norte era composto por quatro cidades: Praknem, Knopik, Avren e Bentuc. Praknem era a principal cidade do Distrito, composta por muitos estrangeiros do reino vizinho, trazendo então uma nova forma de agricultura e pecuária que tornava a colheita e a criação de animais com muito mais rendimento em matéria prima, passando de um artesanato arcaico e lento para uma mão de obra em massa que conseguia aproveitar muito bem de sua produção, sendo então um trunfo para o comércio de Praknem com outras cidades. Knopik por outro lado, trazia as consequências de uma cidade vizinha a Praknem, uma cidade até então pouco habitada, arrasada pela peste bubônica e as pessoas que não ficaram doentes, foram juntamente com os estrangeiros para Praknem e Bentuc procurando melhores condições de vida. Avren era a cidade que possuía um maior equilíbrio social e econômico, com leis e serviços avançados comparado a outras cidades do distrito, com oportunidades de crescimento moral e populacional graças a suas medidas preventivas às doenças da época evitando grandes perdas com a chegada da peste. Por fim, Bentuc se configura como um antigo polo do distrito e estava superlotado, correndo o risco de auto-destruir pois não se conseguia muita matéria prima para a expansão da cidade, fazendo com que os produtos disponíveis para trocas se tornassem cada vez mais escassos.


Um dia qualquer - Parte 3 - A ascensão

Nada parecia ser animador para a vida de José, acabava de perder o emprego, o aluguel estava atrasado e sua mulher até então Josefa desistiu de viver junto a ele. Possuía os contatos mais importantes da cidade mas a maioria deles tratava de negócios ilegais, geralmente com algo ligado a drogas, milícias, tráfico de pessoas e grande parte do transporte das armas compradas ilegalmente, esse era um dos motivos para Josefa alertar José do perigo que até então tinha. Olhando para trás, José pensa como chegou até esse determinado ponto da sua vida. Na infância se juntou a uma turma de pessoas que participavam de rituais de uma nova religião pagã, em que várias pessoas se banhavam com a urina da vítima, depois cortavam os pulsos da pessoa antes dela ser sacrificada, cada pessoa participava de uma das etapas do ritual. Nesse momento a pessoa encontrada para esse ritual era uma prostituta russa que veio ao Brasil fugindo do resquício da antiga KGB , Helen. Tudo estava ocorrendo normalmente, quando em um determinado momento a puta até então não havia oferecido muita resistência, em um súbito instante, ela consegue se desamarrar e corre para pedir ajuda. Agora era o momento mais tenso daquela noite de uma segunda-feira e a prostituta conseguiu pedir ajuda , mas a ajuda até então chegou tarde demais, o corpo da russa estava ensanguentado e com cortes no antebraço, o rosto manchado de sangue e apenas um suspeito com uma faca cravejada no coração da vítima e um círculo místico desenhado embaixo dele, alguns papéis com palavras de outra língua e vários traços demonstrando o que cada pessoa deveria falar... esse caso foi conhecido como Massacre Tradicional pelo fato da maioria das vítimas serem pessoas que abusavam dos pecados capitais e traziam até então, a necessidade de limpar da sociedade todos esse pecadores. Claro que o caso nunca chegou a ser julgado, pelo fato da maioria das crianças que ali participavam pertenciam a famílias muito ricas e bem influentes na cidade. A ascensão de José Ramos ocorreu então desde a sua infância com um estímulo dos seus colegas acabou se tornando um dos maiores chefes do crime da cidade de São Paulo, até que um dia conheceu Josefa. Josefa era uma garçonete num bar próximo ao seu primeiro e único trabalho legal, ele então sempre ia ao bar e pedia um cuba libre e fazia uma piadinha " Cuba não está livre dela mesma" e a garçonete sempre ria um pouco, ria mais por se sentir atraída por ele do que pelo próprio sentido.

Até que um dia José resolve convida-la pra sair para um jantar e descobre que ela então queria ser atriz mas não conseguiu apoio da família e fugiu procurando realizar seu sonho, fez todos os tipos de testes mas não tinha qualquer qualificação até então, mas naquele momento em que José tinha convidado pra sair ela iria pra o primeiro teste que ela realmente memorizou. Então houve o primeiro sucesso da vida de Josefa, feliz e contente, queria então comemorar com a pessoa que mais lhe agradava, José. Toda essa situação parecia feliz e tranquila, até que José descobre a gravidez de Josefa depois de uma semana, além disso, havia rumores de que alguns traficantes não haviam recebido uma encomenda feita por José e então havia o medo e a ansiedade, essa dualidade de sentimentos com o objetivo de José proteger a sua família e deixar essa vida de cão. Para resolver o problema com o tráfico, José se entrega a polícia buscando proteção e em troca ele poderia ajudar a prender os traficantes que estavam atrás dele e assim tranquilizar a cidade por um tempo,. Josefa acreditava estar segura e por um longo tempo eles viveram acreditando no sistema de proteção, mas nem tudo na vida são flores. Numa manhã de domingo os policiais escoltaram José, Josefa e sua filha Maria que já tinha 4 anos até um supermercado local, um homem então encarou de longe e começou a falar ao telefone logo após a entrada no mercado... A merda estava prestes a acontecer e aconteceu. Junto do homem que havia ligado vieram mais outros dois carregando pistolas automáticas e um tinha uma escopeta nas costas.

Os policiais prontamente atiraram mas logo foram alvejados e apenas um deles conseguiu sobreviver e se esconder, quanto aos três membros da família eles estavam escondidos debaixo da área das frutas, só que por descuido de Josefa, Maria acabou saindo curiosa e alegre querendo brincar, mas os estranhos não estavam pra brincadeira e cruelmente um deles pegou a escopeta e atirou na cabeça de Maria fazendo com que seus miolos respingassem sobre a pele de Josefa que então histérica saiu do esconderijo chorando e perguntando o porquê de tanta maldade, Josefa e José então estavam indo de encontro aos traficantes mas o policial sobrevivente solicitou mais viaturas para o local, fazendo com que uma delas batesse de frente com o carro dos comparsas dos traficantes, Josefa não parava de tremer, não falava nada, murmurava algo sem sentido, José então tentou acalma-la já que a polícia tinha resolvido o assunto e descoberto onde o traficante estava graças ao principal investigador do caso, Carlos Muralha ou o pequeno Stalin contemporâneo.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Japatu

Japatu era um menino muito doido, passeava pelos bosques tropeçando em raízes das árvores que ali estavam dispostas. Não sei se é um devaneio de uma mente permeada por drogas alucinógenas, mas trata-se de um jovem que vive em uma vila denominada Coioiá. A vila era comandada pelo cacique daquela tribo chamado Goré. Nada poderia trazer tristeza para aquele povo, havia festa, danças típicas juntamente com a utilização dos animais em tais rituais, uns choravam junto aos seus filhos que até mesmo de certo modo conseguia assusta-los e outros tratavam de aproveitar o encontro da tribo para a procura de uma parceira para comemorar com uma bela transa. Japatu era o mais jovem da tribo, parecia não ter nenhum tipo de habilidade que pudesse distingui-lo dos demais. Enquanto outros possuíam força, agilidade, habilidade com armas, Japatu simplesmente parecia ser aquele espírito de porco que não conseguia nada. Muitos dos seus parentes já pensavam em abandoná-lo logo após o seu fracasso em demonstrar apenas fraquezas, o que tornava o jovem muito vulnerável aos ataques inimigos.

Então ocorreu a Segunda Guerra Indígena entre os povos Coioiá e os Cabaná. Tratava-se de uma disputa de territórios longa, já havia sido incorporada à rivalidade desde a Primeira Guerra Indígena. Um dos motivos para o primeiro embate foi o rapto de uma das filhas do chefe da tribo rival Coioiá pelo fato de que a mulher prosseguia incitando o desejo pelo corpo dela, porém quando o índio chegava ao seu encalço, a índia logo o rejeitava. Com isso, os Coioiá destruíram as plantações de mandioca da tribo rival, além de que colocaram fogo nas ocas dos indígenas rivais. Irado, o cacique da tribo dos Cabaná resolveu responder mas de uma forma mais sangrenta, assassinando a filha do pajé com o objetivo de demonstrar que a tribo não estava de brincadeira e exigia a troca da mulher ou a guerra não se encerraria.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Justiceiro Cibernético

Ao acordar nessa segunda me senti animado para ir ao colégio ( parece até mentira), tomei meu banho e já estava procurando o café da manhã antes que qualquer outra pessoa da casa pudesse acordar, o ônibus já buzinava esperando minha chegada. Subi e já me recordava do motivo de tanta alegria, era Camila que me esperava no fundo do ônibus. Era uma menina linda, olhos castanhos, pele branca como a neve  e cabelos castanho escuros o que deixava cada dia de minha vida mais interessante. 

Conversávamos sobre todo tipo de assunto no caminho do colégio, desde ficção científica até filmes de ação, havia tentativas de teorias criadas por mim e outras criadas por ela para explicar muitas coisas do dia-a-dia, um grande exemplo seria a teoria do não, adotada por ela que trazia o pensamento de que cada não recebido na semana poderia gerar duas vezes mais sim na outra semana, não sei de onde ela tirou isso. Porém por ela ser bem bonita acabava trazendo inveja aos olhos das outras garotas gerando ódio, surgindo o bullying com a exclusão e agressão física, coisa que ocorria diariamente. Quando voltava pra casa eu não sabia o motivo das cicatrizes que apareciam em seu rosto, ela me dizia que havia tropeçado e caído em cima de alguns equipamentos enquanto passeava pelo ginásio, eu fingia acreditar, mas sabia que algo estava errado.

Hoje seria o dia para falar o que eu sentia por ela, porém era o mesmo dia que eu iria perceber até onde o ser humano pode chegar para perturbar outro. Fui tentar conversar com ela por uma rede social, acabei descobrindo que sua conta fora roubada e suas fotos substituídas por fotos constrangedoras, o que me deixou bem intrigado. Nesse dia acabei passando pelo colégio mais cedo e percebi que havia um grupo de garotas rindo na sala de informática e que estavam conectadas com a conta da menina que eu gostava. Naturalmente fiquei com raiva daquele ato humilhante e fui até a casa de Camila para poder consolá-la. Bati na porta e Suzana, a mãe de Camila, atendeu e disse que ela estava no quarto e que não havia saído desde o dia anterior. Quando subi e tentei abrir a porta do quarto observei que havia um peso escorando a porta, quando abri olhei e vi que havia uma corda pendurada sob o ventilador de teto e Camila havia cometido o suicídio. Longos dias de silêncio seguiram logo após o enterro, Suzana não conseguia entender como aquilo havia acontecido, sempre estava lá para ajudar sua filha, porém não fazia ideia de que estava sofrendo tanto. 

Não consegui sair de casa logo após a morte, só conseguia pensar na cena que me entristecia cada vez mais, tratei logo de ligar o computador pra sair da rede que havia gerado toda a confusão, porém fiquei muito nervoso quando me recordei da risada enérgica da garota ao perceber o sofrimento alheio, eu estava pronto para vingar a morte da querida Camila. Procurei usar o codinome Thrash na internet para hackear e tirar o mal alheio pela raiz, qualquer tipo de chacota exacerbada fará com que você seja alvo de mim, portanto, cuidado ao curtir o sofrimento alheio, pois as outras pessoas que caçoaram não voltaram para contar história...



domingo, 15 de junho de 2014

A parabólica

Crianças eram guiadas pelos pais, suas crenças aprofundadas no colégio e as mentes distraídas assistindo televisão, mexendo com a mente de cada um, tudo culpa minha, da parabólica. Antigamente minha transmissão já era comemorada com propagandas, programas, toda a novidade que sempre parece atraente aos olhos dos espectadores, apesar de ser controlada por poucos e minha programação ser escolhida a dedo. Não importava o modo de viver da pessoa naquele local, quando a televisão ligava,  tudo mudava ao longo do tempo: seus costumes, gostos, para se adequar ao horário da programação ou à procura de se enquadrar ao padrão televisivo. Na atualidade, minha função transmissora, em si , não é discutida, mas sim a influência do que eu transmito para o público e o resultado de tal fato.

Um dos muitos exemplos da minha influência foi a consolidação de um padrão de beleza na televisão, criado e espalhado por vários meios de comunicação, acabando sendo uma peça chave no ramo televisivo. De um certo modo, promovendo a indústria da beleza composta por empresas de cosméticos e farmacêuticas, proporcionando a oportunidade de ser igual ao padrão demonstrado na tela da TV. Eu falo, confirmo e admito, não sou culpada por isso, só transmito informações para os televisores. O problema é de quem cria o conteúdo, seleciona e distribui, além dos pais que não fiscalizam e acabam deixando os filhos assistirem coisas inapropriadas para a idade deles.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ser humano

Você já deve estar cansado dessa mesma baboseira que uso no início não é? Então vou reformular minha introdução... Coloquei várias espécies em extinção, manipulo muitos dos meus semelhantes, gosto de ser humano, caramba comecei do mesmo jeito não é? Pois bem eu sou o ser humano. Nasço,cresço, evoluo, envelheço e acabo morrendo. Nasci no planeta Terra, meio desengonçado, sem saber muito bem onde eu estava ou o que deveria fazer, só tinha fome. Na Idade da Pedra ou no tempo dos Flintstones, a minha principal fome foi a de comida e surgiu a fome de terra, não sabia falar direito, vivia com medo do mundo e comecei a lutar. Já na Idade Média a fome de terra se intensificou e a fome de pensamento trouxe umas baboseiras que foram espalhadas no mundo... uma tal de religião junto com filosofias de vida...

Essa fome gerou guerras e toda a sacanagem que você pensar. Na Idade Moderna eu estava esfomeado e acabei com todo tipo de fome possível: fome de terra, fome de pensamento e uma sede de sangue. Por fim chegamos a idade contemporânea onde o homem parece ter saciado sua fome e sede, ou será que nós seres humanos sempre estivemos famintos e sedentos porém resolvemos ocultar tais sentimentos para somente demonstra-los agora? Cabe ao homem agora demonstrar sua real natureza, se é a de um ser destruidor ou de um espécime sedento e esfomeado por várias coisas. Essa é a verdadeira face do ser humano, isso é o que significa ser humano.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Um dia qualquer - Parte 2- O ceifador

A vida de Pedro não estava muito boa naquele momento. Preso, acusado de ter matado seu melhor amigo foi apenas uma simples obra do acaso. Aliás, Pedro não fora condenado apenas pelo assassinato de Xavier, mas ele também foi associado a vários outros casos pelo fato dos policiais terem identificado ele como o Ceifador, assassino que utilizava apenas armas brancas e ficava conhecido por levar as almas para o inferno. Havia momentos na infância em que ele apenas ficava "fora do ar", se perdendo em seus próprios pensamentos, isso fazia com que ele agisse por alguns segundos sem mesmo perceber.

Uma semana antes da prisão de Pedro, estava um grande investigador que acabava de ser rebaixado por indisciplina para um simples cargo de escrivão "Fiz o que devia " era o que ele falava. Seu nome? Juca Meneses. Chegou ao cargo de investigador com ajuda de seu pai, ex-delegado ,Carlos "Muralha" Meneses. Carlos era um cara "curto e grosso" como diriam os seus antigos parceiros de investigação, tinha um metro e cinquenta e oito, um bigode a lá Stalin e uma voz de tenor que ecoava por todos os lugares que ele passava.
Havia em sua personalidade uma sede por casos que o levava às vezes ao extremo na busca pelos criminosos, isso poderia ter lhe causado uma demissão pelo fato de que isso poderia leva-lo a falhas , porém ocorreu exatamente o oposto uma promoção o levou ao cargo de delegado, pelo grande sucesso em suas investigações, transformando um mero investigador em um respeitado e famoso delegado reconhecido na cidade de São Paulo.

Juca não era realmente respeitado antes de ser rebaixado, pois todos sabiam como ele havia chegado àquele cargo, tal conquista só foi possível pela ajuda do seu pai. Existia um esquema criado pelos policiais militares para que um policial comum chegasse a uma promoção, era uma questão simples e fácil que poderia ser resolvida em algumas horas, bastava que um superior (comprado) ligasse para alguns de seus amigos policiais, haveria um assassinato feito por eles e o cenário já estaria todo forjado para que Juca fosse o primeiro a chegar a cena do crime podendo investigar e entregar pessoas que estavam próximas daquele local, elas sem nenhum álibi seriam presas, auxiliando a ascensão do policial ao posto de investigador.

No dia do crime...

Já se passaram seis dias desde que Juca fora rebaixado, não aguentava mais ouvir sermão do chefe, afinal ele não queria estar lá. Juca estava realmente querendo voltar ao cargo de investigador e para isso precisaria "lavar" a mão de alguns. Primeiro foi o novo delegado que havia substituído seu pai, chamava-se Alberto Vonelllo e já se destacava na polícia por ser o Mão Molhada, acreditava-se que em toda sua carreira ele já havia recebido propina de oitenta e cinco policiais e naquele momento até aceitava cartão. Depois foram os quatro policiais militares: Roberto Prado "Calcinha" conhecido pelas suas atuações como travesti na boate "Sun" local muito frequentado por policiais,estava nesse outro emprego para complementar a merreca de salário que ele ganhava , chegamos ao Manuel Leão o policial mais clássico da corporação , famoso por ser um grande soldado do exército e chamado para muitas campanhas, porém por ser um cara muito orgulhoso desacatou ordens de seus superiores pedirem algo que ia contra os princípios desse senhor, acabou saindo do exército sendo chamado pelo Vonello para se tornar um policial militar,não aceitava qualquer tipo de propina, acaba de completar sessenta anos e se considera o cara mais honesto da cidade.

Aparece aqui também um policial chamado Ted, um americano do Texas que nunca conseguiu passar num exame para se tornar policial. Após uma visita ao Brasil de férias, aproveitou para ver como funcionava a polícia de São Paulo e percebeu uma oportunidade, foi o primeiro a molhar com grana internacional a mão de Alberto, com o intuito de mostrar ao seu pai Jack que ele poderia se orgulhar do filho pelo menos uma vez. O último e mais temido do grupo é o Celso, foi treinado para ser um espião e utiliza de todos os métodos legais (ilegais também) para pegar não somente o criminoso mas quem vai contra suas ideias, trabalhou como torturador na Ditadura e ao final desta achou uma brecha em meio a queda do regime militar queimando toda prova que ligasse ele ao DOI-CODI. Por último um membro fantasma que só o Muralha até então conhecia e que estava por trás dessa papagaiada toda.

Vinte minutos antes do crime...

O grupo agora estava chegando ao local da armação, agora todos os quatro possuíam codinomes para que seus nomes não fossem colocados em uma ficha criminal. Seriam os quatro cavaleiros do apocalipse trazendo para o mundo uma nova realidade. Quando eles chegavam era um sinal de que a merda já estava quase feita. Um dos cavaleiros mais habilidosos organizou todo o esquema, seu codinome seria "Morte" representado pelo Celso. Arquitetou todo o plano para a captura e execução de um civil para que não houvesse pistas relacionadas ao grupo. Observou uma ruela bem interessante onde todo o fato poderia ser forjado e uma outra pessoa seria culpada. Para que não tivesse outra testemunha além da desejada a Morte fez questão de escolher um horário de pouco movimento e que todo o seu plano pudesse funcionar corretamente sem nenhum problema.

Agora o trabalho de executar estaria nas mãos de "Guerra" representado sabiamente pelo Manuel Leão, com sua experiência bélica ele conseguiu escolher a arma certa e o melhor jeito de matar um civil deixando outra pessoa para sofrer as consequências da prisão. Por último mas não menos importante estão Roberto Prado e Ted com seus codinomes "Fome" e "Praga" que teriam a função de serem os responsáveis por denunciar a pessoa que acabava de ser enganada pelo projeto chamado "Apocalipse". Toda essa baboseira de quatro cavaleiros do apocalipse havia sido uma ideia cogitada pelo Manuel devido a sua religiosidade e fixação no Apocalipse, o último livro da bíblia. Primeiramente uma mulher entrou no beco ,mas não sozinha, estava com a família pegando um atalho para o lugar onde estava o carro, depois veio a vítima perfeita um cara que estava saindo no horário do almoço junto de seu amigo de trabalho, agora era só colocar em prática o que fora planejado.

Manuel mesmo sendo um cara senil ainda possuía habilidades afinadíssimas de combate, esperou os dois entrarem no beco e no meio do caminho utilizou-se de uma faca de açougueiro acertando a jugular do rapaz, mas a reação da outra pessoa que estava com ele foi inesperada, o amigo com raiva do assassino começou a tentar esmurrar Guerra mas não havia muito o que fazer se o amigo não cooperasse a missão seria falha, então Guerra, impaciente, decide dar uma facada no peito do homem que estava tentando se defender.

Quando os "Quatro Cavaleiros" já esperavam a merda escorrer pelas suas mãos, eis que surge então a testemunha que salvou a carreira do cara que não possuía qualquer autoridade no departamento, descobriu-se que a vítima do assassinato trabalhava próximo daquele local, se chamava Xavier e quem havia encontrado o corpo era o amigo dele Pedro.Após a chegada dele ao local do crime, Fome se organizava pra ligar para Juca e Praga arrumava o carro para que os dois pudessem fugir rapidamente do local, Pedro quando tentou sair do local viu a testemunha ligar para a polícia e pimba, gol para Juca Meneses.

Foi feita uma festa pelos ajudantes do novo delegado ,mas não por Juca recuperar seu emprego, a festa seria para aqueles que estavam felizes pela missão bem feita.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Memória

Oi, sabe quem sou? Não se lembra? Pois esta é minha função, reter informações para que você possa utilizá-las posteriormente... Muito prazer sou a memória. Trago a tona recordações boas, ruins, sou usada frequentemente nos computadores, porém eles não se abatem do mesmo modo que os seres humanos. Alguns acham que simplesmente podem me apagar, porém ,seres humanos não são computadores, eles não podem me excluir de suas mentes, ao invés disso, eles ocultam dificultando a possibilidade de me achar.
O fato é que eu sou uma coisa boa, pois armazeno informações importantes que o homem e até o computador utilizam, posso até produzir recordações não muito agradáveis, mas ,o importante é relembrar essa parte ruim de mim que foi implantada e superar tal fase. Afinal, não se pode viver remoendo partes minhas o tempo todo, pois a vida continua e sou apenas um fato produzido daquele momento, não sou algo contínuo, podendo ao longo do tempo ser ultrapassado.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Paciência

Poucos possuem parte de meu poder, sou essencial para solucionar problemas complexos, muito prazer sou a Paciência. Alguns já criaram um jogo em minha homenagem, sou crucial em situações perigosas. A utilização excessiva do meu poder transformará o usuário em uma pessoa feliz, pois como não irá se importar com muitas coisas que ouve, fará uma seleção do que irá ou não escutar facilitando não apenas sua vida mas também a das pessoas que vivem com ele. Viva a mim!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Um dia qualquer - Parte 1- A vítima

Era mais um dia qualquer na vida de Pedro, acabara de almoçar e estava voltando ao trabalho,quando ao passar por uma rua, acontece algo que irá marcar a vida de um simples empregado. Pedro trabalhava no setor de telemarketing de uma famosa empresa multinacional chamada Gold, a empresa era especializada na produção de relógios, pulseiras e colares banhados a ouro ou prata, localizada no centro da cidade. Ele recebia reclamações dos clientes, auxiliava explicando como resolver os problemas do produto e lutava para se manter paciente diante de situações muitas vezes ridículas.

Ao sair do restaurante a quilo em que ele estava, indo em direção ao ponto de ônibus, passa por uma viela e se depara com um corpo, mas esse não era um corpo qualquer, era o cadáver de um colega de trabalho e amigo de escola, Xavier. Pedro estava chocado, não sabia o que fazer, ficou paralisado ao ver o corpo de Xavier ensaguentado. Próximo ao cadáver havia a arma do crime, uma faca de açougueiro. Ao ver todo esse cenário em que estava, Pedro se emocionou e lembrou dos bons tempos em que brincava com Xavier.

Eles se conheceram aos seis anos de idade, num colégio do interior, a família de Xavier vivia próxima a de Pedro, o que facilitava a visita sempre que pudia de Xavier à casa de Pedro, com quinze anos de idade fizeram uma promessa de quem se desse bem primeiro no futuro iria ajudar o outro. Depois desse flashback, Pedro se vê cheio de sangue por ter mexido no corpo de Xavier e percebe que pegou na arma do crime, nota que alguém havia percebido o corpo e a situação em que a sua roupa estava, mas já era tarde demais, a testemunha já havia ligado pra polícia a muito tempo e Pedro não tinha percebido.

Pedro foi preso e condenado, após encontrar suas digitais na arma do crime e depois de analisar a sua roupa evidenciando que havia sangue da vítima. Foi assim que um dia qualquer acabou se transformando no maior pesadelo da vida de Pedro... por enquanto...

sábado, 1 de junho de 2013

Ilusão

Olá, sou um instrumento muito utilizado por profissionais e até por principiantes, sou aquilo que pode muito bem substituir a realidade, porém a longo prazo, essa substituição se enfraquece e acaba ocorrendo a quebra desse efeito, trazendo o antigo sentimento que havia na realidade.

Muito prazer, sou a Ilusão,várias pessoas acham que viver comigo é muito mais interessante e atraente do que estar na vida real, já que quando me utilizam, eles podem ser quem eles quiserem, entretanto no      cotidiano, o ser humano possui uma série de limitações e quando o homem me usa para substitui-las, faz isso pela necessidade de fugir naquele momento.

Seja por ódio, tristeza, inveja, raiva, rancor, o ser que possui tais sentimentos necessita se refugiar em algum outro lugar, em mim ele encontra espaço suficiente para construir a sua realidade e assim aliviar a dor do mundo real. Ele precisa do meu poder, mas deve desistir de usa-lo, pois como foi dito anteriormente, uma hora eu acabo e a dor volta, para que essa dor se cure é necessária a ajuda através de diálogos com amigos e psicólogos, mas será que essa conversa vai resultar em uma melhoria ou numa piora?


terça-feira, 28 de maio de 2013

Direito do cidadão

Bons tempos aqueles em que brigavam por mim, uma ótima época quando objetivavam chegar até mim. Caramba cara, esqueceram de mim agora? Esqueceram de brigar por mim? Sou o Direito do cidadão e vocês parecem estar parados quando o assunto sou eu. Não contestam mais as autoridades por suas ações? Talvez tenham medo... Mas medo de quê? De me perder sem ao menos lutar? Em que mundo você vive? Nós não devemos temer o governo, o governo que deve nos temer. Por isso vocês devem lutar por mim, pois sou essencial para vocês e caso o governo não aceite suas ideias, vocês deverão lutar pelo menos pelo que vocês pensam e não pelo que vocês falam. Por que uma ação vale muito mais do que meras palavras reacionárias.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Notas de uma lápide qualquer

Aqui jaz um reles mortal, sem muito para dar aos seus filhos, tampouco aos seus netos. Teve uma infância feliz, uma adolescência tediosa, um período de adulto um pouco mais conturbado, já sua velhice foi cheia de festa e fartura o que causou sua morte por um ataque cardíaco. Deixa para seus herdeiros dois fios de lã, duas moedas antigas e a história da vida dele que um dia talvez poderá ser passada a seus filhos. A história de um jovem que só conseguiu fama e fortuna quando já estava próximo de sua morte e que por gostar tanto de sua fortuna não a deixou para seus filhos ou netos, que só esperavam o velho morrer para pegar sua grana, mas sim para sua empregada, pois foi a pessoa que mais se importou com ele depois da morte de sua amada esposa.

Essa é uma nota que poderia estar em qualquer lápide, mas está na minha, como você me julgaria?

domingo, 26 de maio de 2013

Preconceito

Olá, não me conhece? Eu te conheço mas você pode não reconhecer quem sou. Para você me conhecer basta apenas se atentar no dia a dia, estou em quase todos os lugares, dizem que sou muito ruim, mas você me utiliza muito sem ao menos me compreender.

Pois bem, já descobriu ? Eu sou o preconceito que não há apenas em você, mas em todas as pessoas. Como eu já disse eu não sou totalmente ruim, sirvo de alerta, cabe a você e a todos os outros me interpretarem para que haja uma maior compreensão da sociedade e se construam mecanismos para combater as interpretações errôneas.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sede

Muitos tentam, mas quem reina na mente humana é a sede. Não somente sede por água e outros tipos de bebida. O homem vive pela sede de poder, sede de ter posses, sede de consumo. Para quê tanta sede se o homem não precisa disso tudo? Por que o homem não consegue simplesmente viver apenas com aquilo que ele necessita? Será que o homem é apenas um ser que precisa ter tudo? Acho que não, essa mentalidade parcialmente é do homem, mas uma outra grande parte dela é promovida pela sociedade capitalista que o coloca nessa dependência, sede de consumo, poder, que muitas vezes torna o homem uma criatura presa a necessidade de algo que ele realmente não precisa.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Tristeza

Tristezas surgem sempre
Para nos atormentar
Procuramos resolve-las
Com drogas de amenizar
Álcool, coca e remédios
Nos fazendo viajar
Do Oiapoque ao Chuí
Sem nos movimentar
Solução para o problema
Logo irei te ensinar
Conversas de pai e filho
Ou amigos a te falar
- Cara larga esse lixo
- Em nada vai te ajudar
Conselhos como esse
Valem mais que ouro
Logo você vai perceber
Que amizade é um tesouro
Que não vale a pena perder.



Trabalho Cansativo

Trabalho noite e dia
Tic tac sem parar
Sol, chuva e noite fria
Continuo a me movimentar
Cada dia que se passa
Me sinto cansado e triste
Dá vontade de pular
Do décimo primeiro andar
Acaba o dia, chega a noite
Vem aquela felicidade
Descansar finalmente
Talvez até na eternidade.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Guerra

Eu sou uma das coisas mais ridículas que já ocorreu na face da Terra, geralmente meu nascimento é meio conturbado e ocorre num ápice de uma intolerância, muito prazer eu sou a Guerra. Muitos não sabem exatamente como eu nasci e como acabei virando algo tão terrível para a humanidade, dizem alguns que fui nascendo desse jeito, terrível, destruidora, ceifadora de vidas alheias, a partir do primeiro conflito entre povos.

Porém até agora não compreendo o motivo de minha existência, será a incompatibilidade entre pessoas?
Realmente o homem não consegue viver em sociedade sem ao menos respeitar a vida alheia? Não importando religião, raça ou país de origem? Que mundo é esse em que eu sou necessária para cometer a maior burrice do ser humano que é matar uns aos outros?

Talvez como dizem alguns, que de mim surgirá um novo parente, a Paz. Não vejo como meu nascimento pode trazer paz e felicidade para as pessoas, pra mim a chegada à Terra é apenas uma questão de sacrifício de vidas alheias por coisas que foram atribuídas um certo valor e que o homem em si não consegui desapegar esse valor monetário que tanto traz desgraças a esse planeta pequenino chamado Terra.

Por fim eu não irei nascer e também espero não nascer por um longo tempo ou para sempre...

segunda-feira, 25 de março de 2013

Cão

Nasci junto a vários filhotes, briguei pela comida como poucos, mas estou até hoje na luta pela sobrevivência, muito prazer eu sou um Cão... Minha vida não foi fácil, no primeiro dia de vida já tive que brigar com meus irmãos pelo leite de minha querida mamãe, uma cadela feroz e bem alegre chamada Biju.

Nunca me esquecerei daquele dia frio, de uma terça feira após mais uma tentativa frustrada de alimentação, começo a chorar de fome e minha mãe chega com seu colo confortando-me e me alimentando enquanto os outros adormeciam, nesse dia eu estava apenas com sorte. Nos outros dias que seguiram minha mãe já não estava muito bem, estava fraca por dar alimento aos seus filhos e não conseguia arranjar comida para si.

Aos poucos minha mãe lutava contra a morte para arranjar um alimento decente para nossa família, infelizmente nós eramos cães de rua, sem lar, comida, água, apenas aproveitávamos o que o ser humano jogava fora e assim vivíamos  Quando ela estava próxima a um restaurante, esperou o garçom sair para jogar a comida fora, fez uma cara de triste para emociona-lo mas logo foi enxotada com tal brutalidade que nunca havia visto no início da minha vida.

Passados três anos de roubo de comida, conseguíamos viver bem, porém nossa mãe já estava fraca pelos golpes que levara em tantas aventuras e também pelo cansaço físico por não ser mais uma cadela tão nova e sadia. Ao longo de sete dias procuramos incessantemente por um lugar para dormir que houvesse comida, porém o que encontrávamos era simplesmente um não ou apenas raiva, ira e maldade contra nós.

Depois de tantas jornadas a senhora Biju não aguentou mais e deitou para nunca mais levantar, olhamos para ela com tristeza e choramos como se tivesse um prego em nossas patas e não conseguíamos tira-lo de lá. Passadas algumas horas, percebi que devíamos nos unir e procurar por um abrigo rapidamente antes que morrêssemos como nossa mãe, o que eu não esperava era a presença da carrocinha na esquina, escondi-me rapidamente todavia a situação fora tão rápida que nem consegui avisar meus irmãos.

Pobrezinhos não foi culpa deles e sim minha, devia te-los avisado do perigo, agora perdi meu irmãos e vivo aqui sozinho na cidade de Nova York lutando para viver, e aí cara minha vida não é uma vida de cão?


domingo, 4 de novembro de 2012

Pensamentos

Vivo em uma cidade cheia de robôs, todos andam apressados para chegar ao trabalho na hora, não se preocupam com os outros.

Continuam fissurados em seus mundinhos, porém não percebem a destruição que causaram.
Não sou um robô, pois com meus pensamentos, consigo sair dessa cidade e começo a refletir sobre a minha situação.

Percebo a facilidade das pessoas em se tornar máquinas, sem sentimentos, não pensam por si só, apenas guiadas por outras pessoas que só querem apenas benefício próprio.

Noto que o problema não está apenas em nós, mas sim lá no topo, aqueles que estão no poder querem que a cidade seja assim, pela facilidade do controle.
Enfim, cá volto para a vida real e percebo que será muito difícil mostrar para os cidadãos que é muito mais fácil deixar de ser máquina e se tornar apenas um ser pensante.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Monstro da sociedade

Estou tanto no campo quanto nas cidades,entro pelas portas e janelas das casas, sou o monstro da sociedade: a verdade.
Uns tentam se esconder de mim, outros tentam me deformar, mas todos sabem que uma hora eu irei aparecer. Posso ser sútil ou devastadora só depende do jeito que você me expõe, não sou realmente um monstro, as pessoas que me tornaram deste jeito ,cabe a você me revelar o quanto antes para que não seja tarde demais.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Quero descobrir os fantasmas que estão lendo meu blog...

Oi, tou criando esse post para saber da opinião de quem lê meu blog. Quero que comente pelo menos para eu saber que existe algum ser humano neste planeta que lê este humilde blog que vos apresento. Ok? Obrigado...

terça-feira, 17 de julho de 2012

Nem todo jovem é inexperiente...

Você acha que jovem é inexperiente? Que nunca passou por dificuldades?
Então você não conheceu este jovem.
Nunca se soube exatamente seu problema, mas de problemas ele já era especialista. Viveu apenas alguns anos de sua vida mas já era mais experiente que qualquer veterano de guerra. Lutou desde sua infância até sua adolescência como poucos.


Apesar de sua experiência em superar dificuldades, esse "homem" cai em prantos quando se fala da sua família, porque afinal esse foi um dos problemas que teve que superar. A morte precoce de seus pais, assassinato de seus tios e o que lhe sobrou apenas foi uma vida miserável em um orfanato.


Parecia uma vida simples, mas não era, vivia esperando por pessoas que o levassem de lá, que lhe dessem uma vida digna, porém sempre queriam crianças mais jovens pois achavam mais difícil de criar crianças mais velhas. Infelizmente sua experiência de presenciar mortes de parentes não foi nada comparado a dor de viver em um local onde não conhecia ninguém, não possuía amigos e vivia ansioso aguardando uma família.

Tragicamente não pode esperar e fugiu do orfanato, viveu nas ruas por dias até que completados dois meses não suportou a tristeza de guardar esse sentimento de raiva por nenhuma família o aceitar e desistiu de lutar.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Poder

O meu desejo é poder, pois desde criança eu sempre fui proibido a fazer qualquer atividade que pudesse ocasionar qualquer tipo de dano. Fui proibido de praticar esportes, de estudar em uma sala, de viver com outras crianças, pois em qualquer um destes casos havia perigo mesmo em uma quantidade ínfima.
 
Quero poder viver como qualquer outro garoto, aproveitar as coisas belas da vida, as paixões, as tristezas. Mesmo que estas experiências originem dor, ficarei feliz em pelo menos conseguir ter esse sentimento.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Revolução


Estou cansado dessa vida onde a maioria da população é manipulada pelo governo para fins lucrativos de uma minoria. Preciso fazer algo para que essa situação acabe e que as pessoas possam pensar por si mesmas, tenho que acabar com essa lavagem cerebral, afinal o governo deveria representar a população e não a vontade de uma minoria.
Falo para a população meus ideais, porém muitos acham que estou louco, mas na verdade eu era o mais são de todos. Coordenei por meio de cartas um movimento contra a alienação feita pelo governo. Com o inicio do movimento, houve a diminuição dos privilégios da minoria populacional e um governo voltado mais para o povo, fazendo com que houvesse justiça em relação ao modo de governo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Minha segunda vida

Provavelmente você já utilizou uma rede social não é? Eu vivo a partir delas, acho que realmente não sei direito como isso tudo começou então falarei exatamente de onde acho que é o começo. Desde criança nunca fui muito popular e também não era muito bem visto pelos outros por estar um pouco acima do peso e por falar de uma forma diferente, muitos não me achavam interessante porém haviam outros que não me achavam diferente e me aceitavam como eu realmente sou. Esses que não me achavam diferente se tornaram meus amigos, eles me deram seus endereços online para que eu pudesse conversar mais depois do colégio.

Pedi ao meu pai, para comprar um computador para mim, já que meus novos amigos se reuniam bastante lá. Meu pai sabendo da minha solidão, viu minha felicidade por finalmente encontrar pessoas que pudessem me respeitar e ter uma amizade comigo que decidiu dar uma chance a felicidade do filho com esses novos amigos. No momento que o computador chegou imediatamente o liguei, criei meu endereço online e logo comecei a conversa com meus novos amigos, soube que eles estavam em uma rede social e que eles me convidaram, entrei nessa para conhecer mais sobre suas vidas.

Ao entrar na rede social descobri que não era o único que era desprezado, aprendi que muitos que pareciam fracos se tornaram mais fortes, conseguiram se levantar e dar a volta por cima. Esses que foram desprezados, se tornaram meu amigos e me fizeram superar minhas fraquezas. Após essa ajuda os que me desprezavam começaram a me aceitar, assim com a segunda vida, minha realidade mudou completamente, pois hoje não vivo baseado apenas em uma vida ,agora vivo a partir das duas.

Por Rafael Lira e João Victor

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Indecisos

Faço parte de uma grande parte da população que não sabe exatamente o que quer fazer da vida, geralmente somos chamados de vagabundos ou desempregados. Não temos interesse em muitas coisas, apenas o necessário para a nossa sobrevivência é útil para a nossa utilização, gostamos de músicas como qualquer ser humano da face da terra, geralmente gostamos de todo tipo de música porque sempre gostamos de experiências novas na nossa vida.

Somos uma espécie de grupo que não se intromete em temas políticos ou sociais, apenas abaixamos a cabeça para as ordens de nossos superiores mesmo que esses estejam errados.Não temos ideia do que estamos fazendo aqui na Terra, não participamos de atividades extra curriculares, não estamos fechados para o mundo apenas não temos ideias do que devemos apoiar ou não. Somos indecisos, alguns de nós nem mesmo sabe se voltará ao grupo, melhor vivermos indecisos do que se nós fizermos escolhas erradas.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Será o início ou o fim?

 Momentaneamente é o início Mãe.Sou eu, estou nascendo num mundo onde os ricos reinam e os pobres abaixam a cabeça, onde a violência gera medo a milhões de pessoas e ninguém faz nada a respeito, estou nascendo num mundo onde nos manipulam e não reclamamos, onde a corrupção é tolerada e vista como algo normal.Estou nascendo num mundo poluído por nós, um mundo modificado pela ganância do homem de ter o poder, onde a natureza já não é tão bela e tampouco sobrevive a tal destruição, um mundo onde o homem se tornou mais egoísta pensando mais em si do que pensar por todos.

 Mãe, será que devo nascer para ver o que restou do planeta que todos amavam por ser cheio de vida? Ou devo nascer para ver a natureza do homem de destruir tudo que toca? Não sei se devo mais nascer nesse mundo tão mesquinho e ignorante, onde as pessoas se preocupam mais com coisas fúteis do que com o que é realmente necessário, um mundo em que pessoas não respeitam mais a privacidade dos outros, um espaço onde os seres humanos acabam tomando conta da vida de outros que pouco conhecem, ao invés de cuidar de suas curtas vidas, um lugar em que a humanidade não sabe nem escolher um representante de forma séria e correta, é difícil entender o ser humano Mãe, eles se matam sem algum motivo, procuram a forma mais rápida de acabar uns com os outros, Mãe para mim eles são loucos.

Os seres humanos são loucos pois acabam destruindo o local onde vivem e matam sem motivos, não quero desperdiçar minha vida sendo vítima da humanidade. Por isso Mãe acabo com minha vida, por não ser falso o bastante para conviver com um ser tão manipulador e destruidor como é o ser humano.

Fim...

domingo, 8 de abril de 2012

Fatos de uma vida estranha

Aqui estou para mostrar a vocês o que é uma vida estranha. Meu nome é Mario Brunei e vivo exatamente em um dos locais mais perigosos do planeta Terra, um vulcão. O vulcão onde moro foi povoado por volta do ano de 1985 a partir da expulsão de mais 50 mil trabalhadores rurais pela falta de pagamento dos impostos que o governo propusera , percebendo que não havia espaço nas cidades para tal contingente populacional e sem dinheiro para pagar os impostos daquela área se refugiaram em um vulcão adormecido a dois quilômetros da antiga moradia.Essa migração populacional foi realizada pelo meu pai, Vincendo Brunei, lavrador cuja renda era gerada pelo emprego que ele possuía em uma fazenda próxima a nossa casa, ele era casado com uma mulher chamada  Giovanna Ernane.
A vida no vulcão é simples e boa, temos água quente, não estamos incomodando ninguém, além do fato de que plantamos e colhemos mais do que no nosso antigo local de moradia, pena que essa tranquilidade e felicidade duram pouco, afinal sempre tem alguém para estragar a felicidade dos outros... Esse alguém era Sebastião Vulva, apesar de ter um sobrenome um tanto diferente, ele é quem comanda o vulcão após a morte de meu pai, alguns já tentaram tira-lo do poder, mas infelizmente Sebastião tem muita influência sobre os cidadãos do vulcão adormecido, opositores foram decepados e suas cabeças foram expostas para que seu poder fosse visto por todos e que nenhum outro cidadão do vulcão iria repetir tal tolice.Porém ele não contava com a força de Luigi Aquilino, um estrangeiro que chega ao vulcão adormecido percebendo uma atmosfera onde todos temiam Sebastião, ele traz consigo um vasto conhecimento de guerra pois combatera os soldados do Governo, onde ele e muitos outros moradores foram forçados a pagar ou sair da Sicília, porém eles não pagaram e nem saíram da Sicília o que gerou uma guerra entre o governo e os moradores que não queriam sair de suas moradias.
  Fora um combate sangrento, muitos homens do governo estavam mortos mas o que estava ocorrendo era um massacre feito pelos guardas onde apenas um morador sobreviveu para contar tal fato, após esse dia jurou recuperar suas forças e um dia voltar para se vingar dos seus conterrâneos massacrados. Luigi se juntara a vários outros opositores e se reunia com eles para elaborar uma estratégia para derrubar Sebastião, ao meio dia Luigi e seus homens chegaram a casa de Sebastião, cuja proteção era feita pela Guarda Vulcânica houve uma tentativa de acordo feita por Sebastião, porém Luigi estava certo do que estava fazendo, não havendo acordo Luigi atira em Sebastião começando o conflito no vulcão adormecido, o exército de Luigi tinha mais experiência em guerras do que o de Sebastião o que gerava uma vantagem na luta, o exército de Luigi acaba vencendo facilmente.
  Sebastião tenta fugir da sua casa, todavia Luigi o encontra próximo a saída do vulcão, sem pestanejar atira em seu coração matando um líder cruel o desejo da maioria da população do vulcão adormecido. Agora eu governo este vulcão em nome de meu pai morto por Sebastião. Eu moro em um vulcão, não é estranho?