Olho as pessoas na rua
Com vários corpos no chão
Pensando então atordoadas
Sobre essa situação
Vejo uma senhora tossindo
Cobrindo com a sua mão
Pergunto se precisa de ajuda
Ela logo me diz que não
Vejo uma criança sozinha
Seus olhos tristes me calam
Então outros lhe perguntaram
Onde estava a sua família
A criança não entendia
Desatando ao pranto
Disse que seu desencanto
Foi a chegada da morte
Com um tantinho de sorte
Não veio a lhe levar
Foi tanto o sofrimento
Que naquele momento
Nós fizemos silêncio
Pelos seus familiares
E também pelos nossos
Que já haviam partido
Mas que haviam nutrido
De um modo singular
As nossas vidas.
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